O ecoar daquelas dolorosas palavras em minha mente causavam-me náuseas e calafrios.
A lua brilhava forte no céu, e sua luz se infiltrava pelas frestas da cortina.
A sala estava fria, não existia mais amor ali.
Respirei fundo, o ar gelado amorteceu meu corpo, e com os punhos cerrados avancei sobre a mesa.
A lâmina gritou ao ser retirada de seu descanso, e após mais três passos, eu estava atrás dela.
Tudo fora rápido, tudo fora furtivo, exceto meu coração, que se desesperava com pancadas violentas contra meu peito.
Senti o cheiro do seu corpo, observei por mais um último momento o brilho daqueles cabelos negros e por fim, eu estava saciado.
Preto, branco e vermelho sangue.
Minha obra prima, minha última pintura, minha última expressão, meu último sentimento.
Foi simples, foi um fim.
Comentários
Larissa Fonseca ():
Ora, faz com que os sentimentos deixem a abstração para se "concretizarem", faz com que um jorro de sangue vermelho e quente escorra por uma pele agora sem vida. Texto incrível, seus parágrafos sempre me surpreendendo!
Beijos ♥ Jeito Único
Albuquerque ():
Obrigado pela visita e pelo comentário querida :)) Realmente, um momento de emoções desvairadas rs
xoxo