Arte por jjcanvas

Olá <3 Hoje é um dia importante! Completamos neste dia 01 a primeira temporada da nossa web série As Cinzas da Fênix. A estrada foi longa, e estamos acompanhando a vida da Sarah desde Abril. Após muitos altos e baixos, essa primeira parte da aventura se concluiu de uma forma, ao menos ao meu ver, satisfatória, dando oportunidade de uma introdução a uma nova etapa da história. Ainda não planejei a dimensão que terá essa crônica, mas uma coisa eu garanto, ainda tem muita coisa pela frente, a começar pelo mapa, o qual irei rascunhar para que vocês possam acompanhar com a leitura, e conforme explorarmos na história, eu vou atualizando o mapa. 


Recebi boas críticas e fico feliz que estejam gostando da série. Gostaria que comentassem mais aqui no blog, seria bom, mas fico feliz com os e-mails que tenho recebido e com os contatos via Facebook e Twitter
Não sei ainda quando voltarei a postar a nova temporada, mas para quem se atropelou um pouco ou perdeu algo, eu reorganizei toda a série em um único arquivo, onde tu poderá baixar e ler no mobile ou onde quiser, tudo em formato PDF. Gostaria também de dizer que houve algumas pequeninas alterações, como por exemplo o nome do Deserto de Íncanus e o povo da Fênix, agora o deserto se chama Satra'go (o Clã da Fênix agora é Clã de Satra'go) e o nome antigo da região, antes de se tornar deserto, era Kaleda. O restante será divulgado na segunda temporada, mas tirando o que mencionei acima, vocês não precisam se preocupar, apenas curtir a leitura. 
Bom, para finalizar... Em breve espero ter algumas ilustrações para a série, nem que no meu estilo aquarelado mesmo, para deixar mais atraente e tal, e quem sabe estreie uma nova série aqui, mas isto eu posto no Aléatoire. Outra coisa que eu quero dividir é a alegria de estarmos em Agosto, porque? Se tudo correr bem, no final deste mês estará sendo lançado, nas principais livrarias do país, Os Herdeiros da Terra de Mour, o primeiro vol. da série O Legado do Feiticeiro (www), estou ansioso com a publicação e muito confiante que vocês irão amar ou no mínimo se instigar a ler mais sobre a história do Bernardo. Aguardem!
É mais ou menos isto. Espero que estejam acompanhando o sorteio dos Vintages das minhas pinturas e as novidades, quem perdeu, é só clicar AQUI. Aproveitem a leitura e caso haja algo incorreto, podem me notificar por E-mail, assim como podem mandar sugestões e críticas. Fico no aguardo, okay? Boa leitura e obrigado pela sua companhia neste caminho trilhado! Vamos mergulha em Tomdell sob os olhos e sentimentos de Sarah de Kaleda! <3


Obs: Clique AQUI para baixar a Primeira Temporada COMPLETA! (Formato PDF)



*Clique AQUI e baixe o capítulo em PDF*

Arte por BLPH

Capítulo XI
Perspectiva

Permanecemos por mais dois dias em alto mar até que, graças a ajuda dos homens capturados e por entenderem um pouco de navegação, conseguimos avistar terra. As mulheres não falavam sobre o acontecido, mesmo sobre pressão dos homens, mantinham-se caladas. Faziam questão de não me encarar demasiadamente, evitando dar motivos para mais questionamentos, mas eu podia fitar em suas faces a gratidão que mantinham. Os doentes foram aos poucos tratados e todos no barco foram bem alimentados. A mulher dos cachos escuros permaneceu desacordada a maior parte da viagem restante, não sei ao certo o que a abateu daquela forma, mas imaginei que fosse pela surra. De qualquer forma, evitei vê-la durante a viagem, não sabia o que ela havia visto, nem mesmo como reagiria ao me ver.

Estávamos a alguns minutos da praia, me mantive a frente sobre a proa, repetindo tudo o que havia acontecido em minha mente. Eu estava aos poucos compreendendo. A fúria, a raiva e talvez, principalmente, o desespero eram o que despertavam aquela coisa em mim, a ave flamejante. Me recordei das histórias do povo de Taskrog, e tentei fazer alguma ligação com o povo que vivia ao norte. As aves flamejantes viviam e cuidavam também do vale, elas era parte do povo.

É isso!

Meu coração acelerou e uma excitação se sobressaltou.

O povo eram as aves, assim como eu. Por isso Cykim havia me tratado de tal forma, por isso ele celebrou quando cheguei, esse foi o motivo daquele discurso quando Alra foi atacada, as Fênix. Eu estava ligada a tudo aquilo.

De repente uma angústia me atordoou, mortes e mais mortes por minha culpa, tanto sangue em minhas mãos. Meu clã havia sido todo destruído, minha mãe havia me entregado ao monges das Montanhas Silenciosas e eles me protegeram e provavelmente sabiam que cedo ou tarde, quem destruiu meu clã, iria até eles.

Mas porque nunca me contaram?

Eu estava apenas me enchendo de dúvidas. Fiquei a imaginar como teriam destruído o Clã das Fênix, se as histórias sobre sua imortalidade são tão reais quanto sua existência. Eu queria entender como, e também os motivos, mas me cerquei de rodeios e enrolações, e não obtive uma resposta sequer, mas levei em conta a compressão até o dado momento.

Nos aproximávamos da terra, e um toque sobre meus ombros me despertou do transe, tirou meus olhos de um mergulho nostálgico em meio ao nada, e logo preencheu minha vista com uma imagem maravilhosa, pintas sobre a face, cabelos cacheados, era a guerreira.

– Eu sei o que eu vi, e sei que todas também viram, como elas, guardarei para mim, mas estou em uma dívida vital com você.

Suas palavras soaram de forma doce e reconfortante, um simples obrigado teria sido prazeroso de ouvi-la dizer. Seus olhos brilhavam como duas pérolas gigantescas iluminadas pelo reflexo do sol, com as extremidades do contorno levemente puxadas. Notei e fiquei maravilhada ao reparar que as pintas cobriam suas bochechas, mas de forma deslumbrante também se espalhavam sobre seu nariz e seu lindos e carnudos lábios, tendo também algumas pouquíssimas perdidas em seu queixo e testa. Ela era maravilhosa.

– Me diga seu nome. É um bom começo para quitar esta dívida. – Ela mudou sua expressão e se demonstrou surpresa. Lentamente um sorriso se estampou em seus lábios, como a lua após sua cheia.

– Skye.

Fiquei alguns segundas paralisada ao ouvir aquele nome, que me soou tão bem a ponto de eu repeti-lo.

Skye.

Ela sorriu novamente, deixando clara minha atitude desconcertante.

– Cabelos como o fogo, é muito incomum para mim. Eu sei de onde você vem. Meu povo conhecia o seu povo. – Um choque me atingiu. Ela estaria realmente dizendo a verdade? Sem querer, eu demonstrei a surpresa, e se impondo como uma boa observadora, Skye logo atacou. – Você não faz ideia de quem é, estou certa? – A questão era boa, naquela altura, eu não sabia o que responder, eu não tinha terras, tudo o que tive foi tirado de mim, exceto pela cor do meu cabelo. Mas eu não quis ser rude, não quis faltar com respeito e muito menos deixá-la sem uma resposta e correr o risco de destruir aquele momento.

– Eu venho das terras do norte. – Respondi sem jeito.

– Besteira! – Ela exclamou debochando, então se aproximou do meu corpo e falou em um tom baixo. – As Fênix não deveriam existir, você deve ser a única. Eu lamento não conhecer sua história.

As palavras foram confusas, mas profundas. Me senti sem chão, pensei em questionar sobre o que ela sabia exatamente, mas minha atenção não demorou a ser desviada.

– Sarah! – Gritou uma voz vinda de trás de Skye. Eu observei sobre seu ombro e uma animação se espalhou em mim.

Taskrog!

Fitei a morena a minha frente e a encarei como se desse a entender que o assunto não havia acabado, e pela expressão dela, acreditei que o recado havia sido compreendido. Ela deu um passo para o lado e eu avancei até Taskrog.

Ele não estava nas melhores condições, mas já conseguia caminhar sozinho, visivelmente abatido, mas conseguia disfarçar, seu corpo era delgado e sua expressão forte, e quase ninguém notaria. Ao me aproximar, ele me puxou pelo ombro e me abraçou forte.

– Me desculpe! – Ele exclamou. Senti a tristeza tomando a vez, compartilhada pelas perdas do passado. – Eu falhei com eles, eu falhei com você.

– O que está dizendo? – Eu tentei dizer algo que coubesse naquele momento, mas não haviam palavras certas.

– Eu deixei eles morrerem.

– Não poderia ter feito nada Taskrog, eles eram muitos, e seu vilarejo não era numeroso.

Senti as lágrimas do guerreiro molharem meu pescoço, eu o compreendia. Não havia nada que eu pudesse dizer ou fazer, aquela era a dor dele, uma dor que ele carregaria pra vida toda. Quase todo seu vilarejo havia sido massacrado e ele havia sido derrotado em batalha. Eu senti a sua desonra, a sua perda, a dor interior e também seu ódio. Apesar de eu flagrar alguns homens o observando naquele momento íntimo, notei que todos entenderam que aquela dor não era fraqueza, mas pura raiva.

Ele se afastou e me encarou, então todos avançaram para as extremidades do barco, logo ao ouvir um dos homens gritando que iríamos ancorar. Flagrei uma formação diferente de vegetação, uma floresta mais baixa e menos avolumada, com um tom mais amarelado, menos vivo. Logo imaginei que estávamos longe de Alra, longe do Bosque Verde, estávamos em outras terras, com outras pessoas e talvez aquele fosse um início. Apesar do pensamento reconfortante, no fundo, aquele sim, seria o início, o início da minha vingança.

Capítulo IX - X <-> Segunda Temporada (em breve)


É isso. Baixem, semeiem, comentem! Espero que tenham gostado e aguardem ansioso pela segunda temporada! Obrigado a todos que ofereceram um minuto do seu tempo para ler minha história e saibam que vocês me motivam! Obrigado <3

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