Fragilizei, com os joelhos esfolados,
Arrastei-me em sua direção,
Com um olhar cego, obcecado,
Descrente de imaginação.

Parti-me em migalhas, e seus lábios se fecharam,
Deixou-me ao vento, meus fragmentos voaram.

Rasguei-me sobre rosas, quase pretas ao anoitecer,
Sangrei, e um amargo encheu minha boca,
Com um sabor que fui incapaz de reconhecer.

Dormente e em um último suspiro,
Praguejei a sua doce traição,
Mas eu já conhecia aquele destino,
Obscuro e negro como seu coração.

Doce benção da vida, a ironia,
Deixei-me morrer enquanto sorria.